sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Entrevista Gloria Pires site Ego....



























Segunda-feira - 14/05/2007
Glória Pires Atriz conta seus segredos em entrevista exclusiva

Glória Pires está no ar e em horário nobre - de novo -, dessa vez, como a Lúcia, de “Paraíso Tropical”. Considerada uma grande estrela da televisão brasileira, Glória também vive um bem sucedido casamento de quase 20 anos, com o músico Orlando Moraes. Mãe de quatro filhos, é uma apaixonada pela maternidade. "Se Regina Duarte é a namoradinha do Brasil, gostaria de ser conhecida como a mãezinha do Brasil", brinca a mãe de Cleo, Antônia, Ana e Bento. Aos 44 anos, confessa que vez ou outra já a acham com cara de avó: "Muita gente me vê na rua com o Bento ou com a Ana e acham que são meus netos", conta. Problemas com isso? Nenhum. Glória é uma bela mulher de 40 anos, ciente da sua idade e muitíssimo vaidosa. “Faço o que chamo de ritual de beleza da mulher de 40”, conta. Descubra os segredos do ritual, do casamento, da maternidade...Confira a entrevista: POR ACYR MÉRA JÚNIOR
01.
Você começou a carreira muito nova. De que forma o seu pai, o ator Antônio Carlos Pires, te influenciou? Ele me influenciou muito. Era fascinada pela caracterização dos personagens dele. Adorava as maquiagens que ele fazia. Como ele era humorista, era tudo muito exagerado, com peruca, prótese dentária e muitos adereços. E isso tudo dentro de casa. Assistir a essa montagem era mágico, me deixava impressionada. Meu falecido irmão também gostava de vê-lo.
02.
Você perdeu um irmão? Sim, nunca falei sobre isso (pausa). Tive um irmão adotivo, o Carlos Eduardo, carinhosamente apelidado de Duda. Ele foi lá pra casa com três meses e faleceu com 15 anos. O louco é que o processo de adoção dele só foi finalizado depois de sua morte, tamanha a burocracia do nosso país.
03.
Como mãe, de que forma você influenciou a Cleo na escolha pela carreira de atriz? Nunca fiz força para a Cleo ser atriz, mas toda as vezes em que ela se manifestou, eu a apoiei, como faria com qualquer profissão. Tudo aconteceu porque ela quis. Lembro que ela sempre me acompanhava nas gravações e gostava de estar com os artistas. Deixei ela livre para tomar a decisão sobre a profissão.
04.
Você e a Cleo trocam figurinhas sobre o trabalho? Que tipo de conselhos costuma dar para ela? Trocamos muita figurinha. Temos uma relação muito aberta e falamos não só sobre a carreira, mas sobre tudo. Como a profissão é nosso ponto em comum, debatemos sobre os problemas da carreira. Esclareço dúvidas sobre como conduzir uma cena ou a entonação de voz para um determinado personagem, essas coisas.
05.
Sua outra filha, Antônia, de 12 anos, também já demonstrou interesse em ser atriz. A Antônia já demonstrou interesse pela carreira, sim. E assim como a Cleo, a deixei livre. Ela fez inclusive teste para "Belíssima", para a personagem que era a filha da Claudia Abreu, a Sabina. Fiz o meu papel de mãe: ensaiamos juntas, fui com ela no dia e assisti ao teste. Ela não passou, era muito grande para o papel. A Marina Ruy Barbosa fez a personagem muito bem. A carreira é assim. Eu também fui reprovada, em 1971, para integrar o elenco infantil da novela "O Primeiro Amor", na Globo.
06.
Você teve três filhas, mas sempre quis ter um menino, até que nasceu o Bento. Como é criar um menino? Pretende ter outros filhos? Ter quatro filhos era o meu objetivo, já liguei as trompas e não posso ter mais. Agora terei que esperar os bebês da Cleo. Sempre quis ter um filho homem e, até agora, não tem sido diferente. Talvez porque minhas filhas, principalmente a Cleo, sempre foram muito levadas e tiveram muita energia, tipo um menininho. Bento é muito amoroso. O curioso é que eles têm em comum o fato de adorarem tirar foto, todos eles. Desde pequeno sempre gostaram de ser fotografados. Já eu nunca gostei muito de tirar foto.
07.
Está preparada para ser avó? Estou preparada para ser avó, sim. O curioso é que muita gente me vê na rua com o Bento ou com a Ana e acham que são meus netos. Outro dia mesmo encontrei o Nuno Leal Maia no Projac e ele me viu com a Ana, que está com seis anos, e me perguntou se era minha neta (risos). Uma vez também me viram com o Bento e perguntaram se era meu neto. Me divirto com isso e sinto que já sou vista como avó. A Cleo ainda não se animou em ser mãe. Ela não está nem um pouco preparada, embora ela tenha uma coisa maternal muito forte.
08.
Você é vaidosa? O que faz para se cuidar? Sou muito vaidosa. Faço o que chamo de ritual de beleza da mulher de 40 anos. Uso produto para tirar manchas da pele, porque mancho com muita facilidade, e uso tudo o que a dermatologista manda. Nesse momento, estou com uma alergia que é fruto de estresse. Uso muito filtro solar, acho que depois dos 40 o uso do filtro é obrigatório. Também malho todos os dias. Sou organizada com meu ritual de beleza. O que desorganiza minha vida é viagem, mesmo que seja uma simples ida para São Paulo. Aí esqueço de levar os cremes ou quando levo esqueço de passar. Viagem me bagunça.
09.
No ano que vem, você e o Orlando completam 20 anos de casados. Qual o segredo de uma relação estável? Não tem segredo, não tem fórmula. Damos um passo de cada vez, sabemos o que buscamos para nossa vida, temos a sinceridade de admitir nossas fraquezas. Para ser feliz no casamento, basta querer estar junto.
10.
Você já viveu um problema grave, por conta de um boato, que dava conta de que seu marido, Orlando Morais, se relacionava com sua filha Cleo, na época com 15 anos. Como lidam com esta história hoje em dia? Sempre saiu muita mentira e temos que aprender a lidar com isso. Nós passamos por um problema muito grave, que podia não só arruinar nossas carreiras, mas também destruir nossas vidas. Tivemos apoio e informação para processar essas pessoas, processar os irresponsáveis de levar adiante uma mentira, uma coisa louca e inventada. Existem muitos casos de pessoas que passam pelo que eu passei, mas que não conseguem refazer as suas vidas, que ficam destruídas para sempre.
11.
E em que situação estão esses processos? Já ganhamos as causas e estamos finalizando os processos, porque ainda tiveram a coragem de recorrer. Já recebemos de um e faltam outros dois, que estão sendo finalizados. Um dos jornalistas que processamos até já morreu, que é o Alessandro Porro. Mas estamos terminando e, se não fosse a morosidade burocrática que assola o nosso país, já teríamos finalizado.
12.
O Orlando Morais é público, mas muitas vezes é lembrado como seu marido. Já chegaram a falar que você pedia para que as músicas dele entrassem nas suas novelas... É ridículo falar disso. A imprensa tem o dever de informar com responsabilidade, não pode inventar uma coisa e colocar uma situação como se ela existisse. A imprensa sabe como as coisas funcionam: gravadoras, emissoras de televisão, o que for, têm o setor de marketing. Nunca pedi para uma música do Orlando entrar numa novela, não tenho competência para isso. Esse tipo de afirmação é uma loucura e só uma pessoa muito ignorante para achar que isso é uma coisa possível de ser feita.
13.
Ele se incomoda de ser lembrado como seu marido? Isso entre nós, lá em casa, é muito bem resolvido. Ele é lembrado como meu marido, assim como eu muitas vezes sou lembrada como mãe da Cleo. Isso não é uma ofensa, é uma coisa bacana. Existe admiração e respeito, sou fã do trabalho deles. Acho, de verdade, a Cleo uma excelente atriz e o Orlando um grande músico, um supercompositor. Basta pegar as músicas dele e ouvir.
14.
Quais são seus projetos para depois da novela? Meu sonho agora é produzir cinema. Estou com dois projetos: um documentário e um longa em que, além de produzir, também devo atuar. Mas não posso adiantar nada por enquanto. Também fiz o filme "O Primo Basílio", que estréia dia 3 de agosto. Adorei participar e estou cada vez mais apaixonada pelo cinema.



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