quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Gloria Pires e elenco em pré - estreia em Rio de Janeiro rodeada de amigos famosos


















'Lá eu tenho segurança' Em Paris
Atriz volta para o exterior no começo de dezembro, após a maratona de ‘É proibido fumar’ e ‘Lula – o filho do Brasil’ Será muito rápida a passagem de Glória Pires pelo Brasil, pelo menos enquanto durar o processo de divulgação dos filmes “É proibido fumar” e “Lula – o filho do Brasil”. De acordo com a atriz, sua viagem de volta para a França, onde reside com a família, está agendada para o dia 12 de dezembro. “Depois de apresentar estes filmes para o público brasileiro, volto para Paris. Passaremos o Natal por lá mesmo e o Ano Novo ainda não decidimos. Estava todo mundo com vontade de vir para cá, mas estamos com problemas em trazer a babá das crianças e por isso ainda não decidimos nada”, contou Glória durante a pré-estreia do longa “É proibido fumar”, que aconteceu em um cinema do Leblon, na Zona Sul do Rio. Para a alegria dos fãs, Glória vai ficar pouco tempo longe da televisão e em muito breve retorna com um papel enigmático: “O nome da personagem é Norma, ela é uma viúva, uma mulher surpreendente”, explicou a atriz que foi escolhida pessoalmente pelo autor Gilberto Braga. Ao que tudo indica, Glória vai emendar o fim da novela de Gilberto com um outro trabalho, este escrito por Aguinaldo Silva: “Ele me procurou para fazer uma novela. Conversamos e na medida do possível, se tudo correr bem, farei os dois.” O dia-a-dia em Paris Longe dos flashes do paparazzi e do assédio da imprensa, Glória Pires tem uma rotina comum em Paris: “Sou uma espécie de curtidora da cidade. Lá eu tenho segurança, caminho pelas ruas e ando de metrô com uma sensação incrível de liberdade. Não me preocupo em tirar o meu relógio ou esconder dinheiro no sapato”, desabafou a atriz. Para manter a forma, Glória é adepta de uma boa ginástica. Na lista dos exercícios preferidos, ela pratica corrida, alongamentos, além de musculação e pilates



sábado, 21 de novembro de 2009

Gloria Pires: 'Eu sempre tive os pés no chão'

ENTREVISTA O DIA
POR GUILHERME SCARPA
Rio - Duplamente na 42ª edição do Festival de Brasília de Cinema Brasileiro — com ‘Lula, o Filho do Brasil’ (hors concours) e ‘É Proibido Fumar’ (em competição) —, Glória Pires está de volta ao Brasil após longa estada em Paris. E em ótima fase: além de interpretar Dona Lindu, mãe do presidente, a atriz acaba de contracenar, pela primeira vez, com a filha Cleo, no filme de Fábio Barreto. Ela também promete voltar à TV, no horário nobre, em 2010, e vai dirigir um documentário.

O DIA — Foi concorrida a sessão de abertura do Festival de Brasília. O elenco chegou a ficar sem assento. O que você sentiu na pré-estreia de ‘Lula, o Filho do Brasil’?
Glória — Fiquei bastante surpresa com a quantidade de pessoas. Para mim é tudo novidade. Teve a questão de segurança (não havia bombeiros no teatro). Mas foi uma manifestação positiva. É a primeira vez que venho.
Você é sempre dócil quando requisitada, seja por fãs, imprensa ou qualquer pessoa. Sempre foi assim? Como lida com o assédio?— Eu sempre tive carinho com as pessoas. Sei que tem uma histeria em cima disso. Antes, eu pensava na importância que o autógrafo tem para as pessoas. Questionava. Mas, com o passar do tempo, relaxei. Outro dia estava fazendo compras no supermercado e uma pessoa me pediu autógrafo. Mas nunca vem uma só. Vieram muitas (risos). E eu tinha hora. Expliquei isso e disse que não podia dar mais nenhum porque estava realmente bem atrasada.
Mas você já passou por alguma situação surreal de assédio dos fãs?
— Eu estava no avião, dormindo, e uma pessoa me acordou para pedir autógrafo!
Você deu um fora?
— Eu abri o olho, assinei e dei para a pessoa, sem dizer nada. Não sou grosseira. Quando a Cleo (Pires, filha da atriz) era pequena, levava as amiguinhas lá em casa. E elas ficavam loucas com os amigos (famosos) que frequentavam e também queriam pedir autógrafos. Eu proibia!. Mas entendi que não sou eu que vou educar.
— O que você acha de atrizes que começaram ontem e já ‘se acham’?
— Às vezes é por timidez ou medo. Hoje é muito diferente essa questão de popularidade. Quando eu comecei, não tinha esse assédio. Mas as pessoas precisam aprender a lidar com isso. Quando escolhemos uma profissão, não imaginamos o que vem junto com ela. Eu sempre tive os pés no chão.
A sua filha, Cleo, é de uma nova geração. O que acha do trabalho dela?
— Adoro o trabalho da Cleo. Quando ela recusou fazer o remake de ‘Cabocla’ (a primeira versão foi estrelada por Glória, em 1979), deu o pulo do gato. Se ela fizesse, ficaria presa à mim, as comparações seriam inevitáveis. É a forma que encontrou e achei certa.
E na época vocês conversaram muito sobre o papel na novela? Foi decisã conjunta?
Conversamos muito na época. Analisamos tudo. Ela decidiu assim. Tinha recebido o convite para a novela antes de ‘Benjamim’ ser lançado (filme pelo qual Cleo Pires ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival do Rio, em 2003). Nesse ponto eu sou como a Dona Lindu, digo: ‘Espera que a sua hora vai chegar, calma’.”
— Como foi contracenar pela primeira vez com sua filha em 'Lula, O Filho do Brasil'?
— Foi ótimo. O Fábio (Barreto, diretor do filme) disse que ia criar uma cena para a gente contracenar (elas só aparecem juntas em duas). Acabou sendo a do casamento. Dona Lindu fala para a Lourdes (sua nora, primeira mulher do presidente, vivida por Cleo): ‘Rapadura é doce, mas não é mole, não’. (risos)
Você está com dois filmes no Festival (‘Lula’ e ‘É Proibido Fumar’, de Anna Muylaert). É possível escolher um favorito entre os dois?
— Não! É um presente participar com dois filmes. Cada um é especial, tem uma afetividade. — Você acha que o filme tem caráter eleitoreiro por conta do tema, às vésperas da eleição?
— Não. As pessoas tem que ver o filme e avaliar. É sobre a vida de um brasileiro.
E a experiência de interpretar Dona Lindu, mãe do presidente Lula, como foi?
— Ela é a Mãe Coragem, uma personagem universal. Mas ter dados reais sobre ela me ajudou muito. Muitas mães vão se reconhecer nessa mulher (que cuida de oito filhos, sem a ajuda do marido). Eu me dedico muito sempre. E tive uma mãe maravilhosa. — E a personagem de 'É Proibido Fumar' é totalmente diferente (uma mulher que tem o cigarro como seu melhor amigo) de Dona Lindu...— Demais. Este já é outro processo (risos).
— Mas você tem noção de que imprime selo de qualidade às personagens que intepreta? Você se olha no espelho e diz: ‘Sou boa’?— Não tenho controle sobre o que eu faço. É intuitivo. São muitas emoções. Empenho meus maiores esforços. Na verdade, é muito subjetivo. Depende de muita gente, equipe, atores, direção. Não sou eu sozinha.
— Tem planos de se aventurar na direção?
— Tenho! Ainda é um embrião, mas tenho o projeto de um documentário. Quero muito fazer, mas ainda não tem nada definido.
— Você passou uma longa temporada em Paris. Como está sendo essa volta ao País?
— É bom e não é. Porque as crianças estão lá, estudando. Vim para o Brasil divulgar o filme, mas vou voltar logo para lá.
Tem previsão de seu retorno à televisão?—
Vai ser no final de 2010, na novela do Gilberto Braga.
E teatro, não tem vez mesmo na sua vida?
— Não... Eu gosto de ir para ver os meus amigos. Não tenho vontade nenhuma de fazer.

Gloria Pires e elenco em pré - estreia em Brasilia

LULA, O FILHO DO BRASIL - 2009