quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Atriz fala sobre a relação pessoal e profissional com a filha e conta como é sua vida em Paris




Glória Pires não interfere nas escolhas profissionais e pessoais de Cleo Pires, sua filha mais velha. “Consigo compreender que a carreira dela é diferente da minha”, disse a atriz em entrevista exclusiva a Quem durante sua passagem pelo país para divulgar os filmes “É Proibido Fumar” e “Lula, o Filho do Brasil” – longa-metragem em que atua ao lado da filha.
QUEM: O filme marca a primeira vez que você contracena com Cléo Pires...
Glória Pires: Nossa convivência no set foi muito pequena. Não havia nenhum diálogo e o Fábio (Barreto) criou um para que essa ligação, que existe fora da tela, estivesse de alguma forma registrada. Mas, apesar de nossos personagens não terem tido tantas oportunidades assim, foi bacana.
QUEM: A Cléo comentou que você e Orlando não aprovaram o primeiro ensaio nu que ela fez para uma revista. Você a aconselha profissionalmente?
GP: (Risos) Não. Eu nunca proibi nenhum trabalho. Eu fico esperando que ela venha até mim. Na verdade, troquei poucas impressões artísticas com a Cleo porque ela me solicita superpouco. Por um lado é maravilhoso e faz parte de uma expectativa que eu tinha de ela ser independente, de fazer a vida dela, de ter autonomia. Não tem briga, de dizer “não gostei de você ter feito”.
QUEM: Mas você aprovou?
GP: Eu digo que não serve para mim, não é meu estilo, mas é o dela. Consigo compreender que a carreira dela é diferente da minha.
QUEM: E a vida em Paris?
GP: A vida lá tem sido muito boa para reflexão, como uma pausa. A gente vê coisas interessantes e vive uma rotina bem próxima das crianças, principalmente.
QUEM: O que te agrada mais lá?
GP: Cada um sabe o que tem que fazer, sabe seu papel na sociedade. Para meus filhos, então, é um exemplo muito bom. Acho importante eles aprenderem a andar de ônibus, de metrô. Principalmente para ter uma vida mais próxima do real, porque aqui eles não têm.
QUEM: Você e o Orlando estão casados há 22 anos. Como ele é?
GP: Ele é superpresente e sempre diz que o que acha, pensa, tanto na minha carreira como na educação das crianças.
QUEM: Você volta para passar o Natal e o reveillon com eles em Paris?
GP: Meu projeto futuro é voltar para casa, passar as festas de final de ano e reconstruir minha vida em 2010, que tem sido tão interrompida por esse período de trabalho.