segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Entrevista com Gloria Pires sobre se eu fosse voce 2


Como foi fazer a continuação do Se Eu Fosse Você?
Não me lembro exatamente quando é que eu soube, mas já tem algum tempo. Fiquei felicíssima com o resultado do primeiro filme, que é o resultado do trabalho que foi feito. Era uma coisa sem nenhuma pretensão. A idéia era fazer uma coisa que as pessoas pudessem se divertir, pelo menos o tanto quanto nós estávamos nos divertido. E acho que isso passou para todo mundo, foi contagiante mesmo, e estamos fazendo agora o segundo e acho que o clima está se mantendo, o roteiro ficou muito bom. Quer dizer, ganhou coisas novas. Complicado fazer uma continuação de uma coisa que foi um grande sucesso, mas acho que vai ser legal, o feeling que eu tenho é que as pessoas vão gostar.

Como está sendo trabalhar novamente com o Tony?
É sempre ótimo trabalhar com o Tony. A gente se dá super bem, ele é uma pessoa com um ótimo astral, um companheiro muito querido, tá muito bom.
Interpretar um homem faz pensar no outro?
Não sei. Cada personagem é único, tem as particularidades, tem as suas dificuldades. É uma coisa interessante essa história de interpretar um homem, o sexo oposto. Deve ser muito interessante também pro Tony. A gente se diverte, ao mesmo tempo acho que ajuda a pensar um pouco no outro mesmo. E eu que sou casada, sempre que eu estou fazendo alguma cena, eu penso no Orlando assim, eu penso nessa relação boa e difícil que é o casamento. É uma experiência muito legal, muito enriquecedora.

A Helena mudou muito em relação ao primeiro filme?
Mudou, mudou. Ganhou coisas. Os personagens pretendem trazer para tela as qualidades e os defeitos humanos. E no caso de uma continuação, é como se fosse ali dois anos depois na vida dos personagens, com tudo o que eles passaram, com essa experiência super louca, e agora com mais coisas loucas acontecendo. Em situações onde eles se vêem expostos, tendo de lhe dar com coisas que eles não dominam, não conhecem. Então a Helena, é claro, mudou sim.
A troca foi mais fácil para as personagens por ser a segunda vez?
É, tem essa coisa, já passaram por isso. Não é uma novidade, não é um caminho desconhecido mais. Então já sabem como lidar. Tanto que quando eles trocam, eles já sabem todas as dificuldades que eles vão ter de enfrentar. Já é o desespero em si.
Como foram as aulas de dança? E a preparação para as cenas de futebol?
Foram ótimas, eu queria ter tido mais tempo de treinar, porque na verdade a seqüência que eu tinha não era jogando futebol, era fazendo embaixadinha. Controle de bola, que é uma coisa que você tem ou não tem. Você pode melhorar, se você tiver mais tempo. É uma coisa abstrata, mas foi muito bom. O Hip Hop foi uma delícia, eu adoro dançar, todas as coreografias, o tango e tudo. Muito gostoso. E deu um gás também, porque a gente chegava para o ensaio e tinha sempre alguma aula, alguma atividade física, e aquilo dava um gás pro resto do dia. Deu uma preparada boa. Foi muito legal, e promove uma união maior também, está todo mundo ali, naquele mesmo esquema. As aulas de teatro que são deliciosas. Todo mundo fazendo exercícios, todo mundo se ajudando, acrescentando alguma coisa. É muito bom, eu gosto dessa convivência de grupo, acho muito legal, enriquece o trabalho.

Como é a relação de Helena com a filha?
É uma relação muito amorosa, a Helena é uma mulher muito amorosa, que curte muito a família dela. Mas os dois, tanto a Helena quanto o Claudio, estão numa crise, e a filha também. A família está vivendo um momento de caos total. E o legal é ver a graça nisso, como na vida da gente. Ás vezes, você está com o maior problemão e você consegue achar graça daquilo. As coisas são tão loucas, tão inacreditáveis que você acaba achando graça. É o que essa mãe e essa filha vão acabar passando durante o filme.Tem umas cenas bem bonitas, afetivas, de diálogos sobre a vida, de expectativa da vida, da vida a dois, da vinda de novas crianças, gente nova no pedaço. Muito bonito.

Como você se sente pessoalmente em relação à gravidez de Bia?
Eu adoro criança, adoro ter filho, já está chegando a minha hora de ser avó, eu já tenho dado uma cobrada na minha filha mais velha, mas o negócio está um pouco lento ainda. Eu acho que a gente tem que se regozijar com os nascimentos. Eu acho que vida é sempre motivo de festa. Difícil é a morte, ela é parte da vida, mas é mais difícil de lhe dar. Então eu acho que enquanto é vida nova tudo é motivo de festa, acho que tem que ser. Tem até uma frase no filme que a Helena, enquanto Claudio, fala para filha: "Olha minha filha, a única coisa que dá para a gente ter certeza é que não é fácil, nada é fácil. Mas quando existe a vontade de que dê certo, mesmo quando as coisas parecem que já não estão mais funcionando, a vida aparece com uma novidade”. Eu acho que é isso mesmo, quanto existe a vontade de que dê certo, de que seja bom, as coisas se encaminham.

Em um relacionamento, os opostos se atraem?
Eu acho um pouco loucura essa coisa, essa crítica à forma de o homem ser, a crítica à forma de a mulher ser. São naturezas diferentes. E quando as pessoas querem ficar juntas, talvez seja isso mesmo que as atrai uma para outra né, é essa a diferença.

O que você considera mais importante em um relacionamento?
Somos todos humanos, cheios de emoções. Nem todos os dias começam bem, mas acho que a vontade de estar junto, essa vontade de que dê certo, o interesse em estar com a outra pessoa acima de qualquer coisa, isso é importante. E tem que ser recíproco, não dá para remar o barco sozinho, as duas pessoas têm de estar remando, de preferência pro mesmo lado.
Qual o Nelsinho influencia no conflito do casal?
O Nelsinho é o agente, é aquele amigo que a mulher detesta, que vê como o causador dos problemas, que é ele quem desencaminha o coitado do marido. Cassinho fez super bem, muito engraçado. Ele arrasou. Mas claro que não é ele, ele até pondera com o Claudio algumas questões. Eles são amigos e o Nelsinho quer muito que o amigo fique bem e age então da maneira que acha a melhor: o chamando para vida, para sair, curtir. Mas acaba, sem querer, sendo o agente de uma confusão que vai dar muito pano para essa história.

Como foi interpretar um homem no corpo de uma mulher?
Eu sempre fui muito encantada assim com o universo masculino. Muitos anos, desde muitos anos, eu quero ter essa oportunidade de interpretar um homem. Eu sempre prestei muita atenção na forma masculina de ser. O complicado é realizar isso, realizar que é difícil. Não teve nada que eu não soubesse, que eu já não tivesse percebido. Mas é um exercício delicioso tentar realizar.
O que você faria se trocasse de corpo com um homem?Ah, eu não queria ir para o corpo de um homem... Não, eu sou feliz sendo mulher, eu adoro ser mulher. Numa outra vida tudo bem, mas agora não, agora eu não tenho a menor vontade de mudar para o corpo de ninguém, nem de outra mulher. Eu sou muito feliz sendo eu mesma.

Como foram as cenas em que seus personagens já estavam com os corpos trocados?
Olha, a gente se diverte muito. Realmente a gente ri o dia inteiro. Têm algumas cenas em especial que estão muito engraçadas. Eu acho que essa transformação que nós estamos fazendo desde ontem, quando eles se trocam, é muito boa. Acho que as pessoas vão cair da cadeira. A coisa da dança também, do casamento, os números de dança, acho que vão ser bons também. Tem muita coisa engraçada. Muita coisa inusitada. Quando eles estão com os advogados, no primeiro encontro está um contra o outro, e depois no segundo encontro é o oposto. Um falando como se fosse o outro, se acusando seus erros, suas falhas. Esse inusitado vai pegar muito as pessoas.

Como foi trabalhar com esse elenco tão especial?
Foi uma honra. Eu trabalhei com o Chico quando eu era pequena. Meu pai trabalhou muitos anos com ele, e nós temos um afeto especial. Foi uma honra tê-lo tão perto contracenando. Uma delícia, é um grande profissional, é uma aula o tempo todo, só tenho a aprender. Acho que as pessoas vão ficar felizes de ver. Porque além de tudo, o Chico não é só um grande humorista, ele é um grande ator. Ele tem uma dimensão humana muito grande que ele trouxe para esse personagem. Quando ele fez "Tieta", era fantástico o trabalho dele também, ninguém esperava ver o Chico em um papel tão sério e ele fez divinamente. Ele é um grande ator. Foi um ganho pro filme contar com ele, assim como com a Maria Luisa, que é uma pessoa deliciosa. Eu já a conhecia, mas nunca tinha trabalhado com ela. Foi um prazer enorme, uma atriz completa, uma pessoa completa, um convívio delicioso. A Isabelle, uma pessoa tão novinha, me emociona tanto vê-la trabalhando. Tão verdadeiro aquilo, ela é tão íntegra. Muito bonito. Acho que o Daniel, mais uma vez acertou, além de tudo, ele escala muito bem. Você vê que o fim tem uma harmonia no conjunto todo. Marcos Paulo faz também uma participação, o primo da Helena, que é o advogado dela, que foi também um namoradinho. Acho que vai ficar um filme bonito também de se ver. O Marcos Flaksman com o trabalho dele maravilhoso. Marília Carneiro também num grande momento, o Nonato. Gente que se entende, que tem a ver, todo mundo contando a mesma história. Cada um da sua área, mas todo mundo narrando a mesma história. Eu sinto uma harmonia muito bonita e eu acho que vai ser um filme bonito de se ver. Acho que a hora que for para tela, além de ser divertido e tal, é um filme bonito.

O que o público vai encontrar ao ver o filme nos cinemas?
Exatamente, ainda tem a coisa da mensagem que fica no final, que você vai para casa pensando. Eu acho um barato, acho a vida um negócio fabuloso. Esses encontros e desencontros, a forma como as coisas acontecem, como os eventos se desenrolam. Quando você faz um filme, a idéia é pegar um pedacinho do que seria a vida real e botar ali paras pessoas pensarem sobre aquilo, se divertirem, relaxarem, e terem algum trabalhinho de casa.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Se Eu Fosse Você 2 mostra que as continuações são um filão rico

UM SUCESSO ESPANTOSO Glória e Ramos: ainda bem que eles não aprendem a lição...


Vale a pena ver de novo, e de novo
Em Se Eu Fosse Você, o campeão do cinema nacional em 2006, o casal interpretado por Tony Ramos e Glória Pires aprendia uma lição básica sobre relacionamento ao colocar-se no lugar do outro – trocando de corpo. Em Se Eu Fosse Você 2, eles voltam a ter a mesma lição, e do mesmo jeito. Graças às dificuldades de aprendizado da dupla, o diretor Daniel Filho emplacou um sucesso que está perto de se tornar recordista de bilheteria do cinema nacional mais recente. Na última segunda-feira, com apenas quatro semanas em cartaz, SEFV2 superou o total de espectadores que o primeiro filme levara meses para acumular, de 3 644 956 pagantes, segundo dados da consultoria Filme B. Seu desempenho pouco decresce de uma semana para outra, sinal de que ainda tem uma longa carreira pela frente. Nesse ritmo, é provável que daqui a três semanas ultrapasse o vitorioso até aqui – Dois Filhos de Francisco, que vendeu 5,3 milhões de ingressos.
Daniel Filho, um dos formadores da dramaturgia da Rede Globo, sempre primou pelo entrosamento com o público. Na série SEFV, o diretor explora uma veia humorística de apelo certeiro junto à plateia brasileira – encarnando os trejeitos da mulher, Ramos arranca gargalhadas durante a exibição. Mas o faz de forma meiga, sem ofender ninguém. Daniel Filho, contudo, descobriu algo ainda mais relevante com seu projeto: que o gosto nacional pela serialização e reiteração das novelas pode ser transportado para o cinema. SEFV2 termina com o anúncio de SEFV3. Já se confirmou que haverá também uma continuação de Os Normais (2,9 milhões de ingressos), novamente com Fernanda Torres e Luiz Fernando Guimarães, e é provável que A Grande Família (2 milhões de espectadores) siga o mesmo rumo. Está oficialmente inaugurada, assim, a versão cinematográfica do Vale a Pena Ver de Novo.
Fonte: Revista Veja

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Bastidores Filme Lula, o filho do Brasil







sábado, 7 de fevereiro de 2009

Fotos de Dona Lindu fase envelhecida